O queijo artesanal da região da Mantiqueira nasceu no início do século XVIII, em fazendas desta região das Minas Gerais. Era difícil o escoamento da produção leiteira, e as famílias passaram então a produzir um queijo que, depois de curado, poderia ser mantido por um período maior de tempo e distribuído em centros consumidores mais distantes.
Antigamente, o tempo de cura dos queijos variava em função da visita dos “queijeiros”, que passavam de tempos em tempos para levar a iguaria aos mercados do Rio de Janeiro, os transportando em canudos de taquara trançada forrados com folhas verdes de bananeira, equilibrados sobre a cangalha das mulas.
Este antigo processo de produção não deixou registros e perdeu continuidade há duas gerações, com o surgimento da moderna indústria de laticínios, que passou a adquirir o leite das fazendas e industrializá-lo em larga escala.
O queijo artesanal da Mantiqueira sobreviveu em pequenas propriedades, geralmente situadas em áreas íngremes e pedregosas, de difícil acesso aos “caminhões de leite”, produzido pela família dos que não tinham qualificação profissional para ingressarem no mercado de trabalho urbano ou simplesmente se negavam a partir, a “sair da roça”.
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